Soja em silo bolsa.
Cenários colocam o sistema IpesaSilo como a grande alternativa para solucionar gargalos de estocagem e de transporte da soja no Brasil.
Porque armazenar a soja com o sistema SiloBolsa?
Estudo Técnico – EEA INTA Balcarce
Há alguns anos, na ânsia de solucionar seus problemas de déficit de armazenagem, os produtores adaptaram o sistema tradicionalmente utilizado no armazenamento de grão úmido para armazenar grãos secos. Essa técnica consiste no armazenamento de grãos em bolsas plásticas herméticas, em que o processo respiratório dos integrantes bióticos do produto (grãos, fungos, insetos etc.) consome oxigênio (O2) gerando dióxido de carbono (CO2). A constituição desta nova atmosfera, rica em CO2 e pobre em O2, suprime, inativa ou reduz a capacidade de reprodução e/ou desenvolvimento de insetos e fungos, e também a própria atividade do grão, o que facilita sua conservação.
Vantagens
A maior vantagem que os produtores encontram no uso das bolsas plásticas para armazenar grãos secos é que se trata de um sistema econômico e de baixo investimento.
O custo de comercialização do grão durante a época de colheita é maior que no resto do ano. Alguns estudos estabelecem que a diferença entre enviar o grão ao silo ou embolsá-lo por um período de três a quatro meses gera uma economia aos produtores de 20 a 25% em trigo, 30 a 35% em milho e 20 a 25% em soja, dependendo da distância até o porto, do sistema de comercialização etc. Além destas vantagens econômicas, as bolsas plásticas permitem armazenar grãos de maneira diferenciada, separando grãos por qualidade (trigos segundo qualidade panificadora), variedade (diferentes tipos de sementes) etc., sem muito trabalho e com uma alta segurança em manter o material diferenciado. Por outro lado, as bolsas plásticas permitem a armazenagem dos grãos no mesmo local de produção, tornando mais ágil a colheita.
Durante a colheita, o sistema de transporte e a recepção de grãos nos silos constituem verdadeiros congestionamentos. A demanda de caminhões durante a colheita nunca chega a ser satisfeita, ocasionando um aumento nos preços do frete e nos problemas de logística nas empresas agropecuárias. Muitas vezes, o atraso ocasionado na recepção dos silos é deslocado para trás, podendo chegar até a colheita.
As condições climáticas no outono, época de colheita de milho e soja, costumam ser críticas, e perder um só dia de trabalho pode causar muitas perdas e diversos problemas logísticos. Com uso das bolsas plásticas, os únicos beneficiados são os produtores.
Os armazéns encontram nas bolsas um sistema flexível de armazenagem que lhes permite aumentar sua capacidade segundo a necessidade que tenham em um ano em particular.
Se a colheita é importante, poder armazenar parte do grão recebido, sem necessidade de realizar grandes investimentos. Em caso de colheita inferior à planejada, os silos não terão a sua capacidade ociosa, aproveitando ao máximo a rentabilidade de suas instalações.
Conclusões
Estudo Técnico realizado chegou a inúmeras conclusões sobre o armazenamento de Soja
• A evolução da temperatura foi influenciada pela posição do grão na bolsa. O grão da parte superior apresenta uma variação similar à temperatura externa (por dissipação de calor do ar ambiente mais frio que o grão), o grão do centro da bolsa e o da posição inferior praticamente mantém a temperatura estável durante a primeira etapa de armazenamento na soja colocada na bolsa a 12,5% de umidade, e o grão colocado com 15,6% de umidade aumenta levemente a temperatura inicial até alcançar um valor similar ao da soja mais seca e mantém-se, em ambos os casos, até a segunda quinzena de setembro, quando começa a elevar-se levemente, seguindo as temperaturas médias exteriores.
• Não foi observada variação alguma no conteúdo de umidade média tanto na bolsa de soja com 12,5% de umidade como na de soja a 15,6% de umidade, durante todo o período de armazenamento.
• Não se observou estratificação de umidade segundo a posição do grão na bolsa nos dois tratamentos, como tampouco se observaram migrações de umidade que produziram condensação na parte superior.
• O poder germinativo da soja diminuiu significativamente para o final do ensaio, independentemente da umidade inicial em que se armazenou.
• O conteúdo do óleo não sofreu variações, nem no tempo nem por nível de localização dentro da bolsa, em nenhum dos dois tratamentos.
• A acidez da matéria gordurosa em ambos os tratamentos aumentou muito pouco, mas de forma constante. Este aumento não afeta a qualidade do óleo do ponto de vista comercial.
• A respiração do grão produziu um aumento na concentração de CO2 e diminuição de O2 no interior das bolsas. A variação da concentração dos gases mencionados foi menor que no caso do girassol e do trigo devido à baixa temperatura em que está exposta a soja no interior da bolsa.
• Observou-se a presença de insetos vivos na primeira retirada de amostras, pois os níveis de CO2 eram baixos, observando-se a morte da totalidade dos mesmos nas retiradas posteriores (93 e 160 dias). No caso da soja seca, existiu uma parte pelo efeito da baixa umidade ambiente no ar intergranário.
Depoimentos de quem já utiliza o sistema IpesaSilo
Assista esse e outros vídeos em nosso canal do YouTube